
Uma descaleração “de forma sigbificativa”. É assim que o Instituto Nacional de Estatística (INE) classifica a evolução das exportações e das importações portuguesas de bens em maio. Segundo os dados divulgados esta terça-feira, as vendas de bens ao exterior aumentaram 6,2% em maio em termos homólogos (valores nominais), o que compara com 17,7% em abril.
Nas importações a travagem foi ainda mais marcada. As compras de bens ao exterior subiram apenas 0,3% em termos homólogos no mês de maio (valores nominais), enquanto em abril tinham subido 12,9%.
Olhando para as exportações, o INE destaca que o aumento registado em abril ficou a dever-se ao aumento de 8,7% nas vendas para o mercado da União Europeia (UE), já que nas vendas para o resto do mundo se verificou uma queda de 1,1%.
Quanto às importações, as compras portuguesas no mercado da UE subiram 4,4%, enquanto que as importações de bens proveninentes do resto do mundo recuaram 11,9%.
“Em ambos os fluxos se denota uma significativa desaceleração face ás variações homólogas registadas no mês anterior”, frisa o INE.
O INE lembra, contudo, que os números de abril “refletiam, em parte, efeitos de calendário, já que abril de 2018 teve mais dois dias úteis que abril de 2017”. E acrescenta que este efeito é agravado pelo facto de “maio de 2018 ter menos um dia útil que maio de 2017”.
Tudo somado, o défice da balança comercial de bens foi de 1,122 mil milhões de euros em maio, menos 284 milhões de euros do que em maio de 2017, aponta o INE.
FONTE EXPRESSO SAPO.PT Sónia M. Lourenço