Seis concelhos da Grande Lisboa com subida de 150% de casos de covid-19

Seis concelhos da Área Metropolitana de Lisboa registam aumentos superiores a 150% no número de casos de covid-19 desde o fim do estado de emergência.

Portugal esteve em estado de emergência entre 19 de março e 2 de maio, seguindo-se, desde então, o estado de calamidade e o levantamento gradual, de 15 em 15 dias, das medidas de confinamento.

Analisando o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) de 3 de maio, com dados até às 24 horas de 2 de maio, quando terminou o estado de emergência, e os valores divulgados na quinta-feira, a agência Lusa constatou que os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) registavam 4731 casos de infeção em 3 de maio, 18,71% do total do país, e 9923 em 4 de junho, o que representa 29,54% do total.

Esta diferença no número de casos, de mais 5192, representa um aumento de 109,14%, ou seja, mais do que duplicou.

Na Área Metropolitana do Porto, por exemplo, o aumento do número de casos em igual período foi de 10,86% (8498 no fim do estado de emergência e 9421 no boletim de quinta-feira, mais 923 casos).

Tendo em conta os 18 concelhos que integram a Área Metropolitana de Lisboa, seis apresentam aumentos superiores a 150% no número de infeções reportadas desde 3 de maio: Amadora (passou de 336 casos para 956, um aumento de 184,52%), Loures (de 408 para 1047, um aumento de 181,13%), Montijo (de 48 para 126, um aumento de 162,50%), Odivelas (de 243 para 627, um aumento de 158,02%), Seixal (de 165 para 416, um aumento de 152,12%) e Moita (de 69 para 173, um aumento de 150,72%).

Com aumentos percentuais entre os 100% e os 149% estão os concelhos do Barreiro (97 para 237, +144,33%), Vila Franca de Xira (195 para 461, +136,41%), Sintra (608 para 1400, +130,26%), Palmela (18 para 38, +111,11%), Oeiras (224 para 465, +107,59%) e Sesimbra (20 para 40, +100%).

Com aumentos no número de casos abaixo de 100% estão Mafra (90,14%), Setúbal (80,33%), Cascais (78,59%), Almada (73,77%), Lisboa (61,89%) e Alcochete (43,75%).

Em números absolutos, o concelho de Lisboa era o que tinha mais casos em 3 de maio, 1567, o que representava 6,20% do total de infeções reportadas no país. No boletim de 4 de junho estavam atribuídos ao concelho 2536 (7,54% do país), mais 969.

Este número é superior ao registado em todos os concelhos da AMP desde o fim do estado de emergência (923).

O Governo decidiu adiar a reabertura das Lojas do Cidadão e dos centros comerciais na Área Metropolitana de Lisboa, para evitar aglomerações de pessoas, tendo em conta o “aumento muito significativo do número de casos” de covid-19 na região. No resto do país estes espaços abriram na segunda-feira (1 de junho).

Ainda na AML, os ajuntamento continuaram limitados a 10 pessoas, enquanto no resto do país o limite máximo passou para 20 pessoas.

Na semana passada, o primeiro-ministro anunciou também que na AML ficou restringida a dois terços a lotação máxima dos veículos privados de transporte de passageiros.

António Costa disse na quinta-feira que as restrições nesta área devem ser levantadas a partir do dia 15, sendo a decisão tomada no Conselho de Ministros da próxima terça-feira.

Fonte
jn.pt
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