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Nacional

Novo máximo diário. Portugal com mais 5550 novos casos

Nas últimas 24 horas registaram-se 52 mortos e deram entrada nos cuidados intensivos mais 20 pessoas.

Portugal registou esta sexta-feira mais 5550 novos infetados por covid-19 e 52 mortos, de acordo com os dados apresentados pelo boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este é o segundo dia com mais casos reportados desde o início da pandemia, logo a seguir à última quarta-feira, dia em que foram comunicados 7497 novas infeções, mas que se referiam a casos não comunicados na semana anterior. Assim sendo, pode dizer-se que este é o maior número de casos diários de sempre em Portugal.

O número de mortos voltou a superar a meia centena, chegando aos 52, mais seis do que aquelas que foram reportadas ontem.

Outro número preocupante tem a ver com o facto de mais 20 doentes terem dado entrada nas Unidades de Cuidados Intensivos, quando no dia de quinta-feira se ter registado menos cinco. Ou seja, neste momento encontram-se naquelas unidades 340 pessoas. O número de internamentos também subiu, com mais 63 pessoas a darem entrada nos hospitais portugueses, perfazendo um total de 2425 doentes a necessitarem de cuidados médicos.

O relatório da DGS anuncia ainda que foram dadas como recuperadas 2301 pessoas (uma diminuição em relação aos 2507 do dia anterior), sendo que estão neste momento mais 12 247 pessoas em vigilância por terem tido contactos com infetados de covid-19, totalizando 79 689.

Norte com mais de 3000 novos casos

A região norte do país continua a ser aquela com maior incidência dos casos de infeções, tendo sido reportados 3006 novos casos diários, ao qual é preciso acrescentar mais 25 óbitos. Ou seja, na prática, em relação ao dia anterior registou-se um aumento de 426 novos casos e mais oito mortes.

Em Lisboa e Vale do Tejo foram detetadas mais 1495 novas infeções (mais 371 do que ontem) e mais 13 mortos (menos sete). Já na região centro foram contabilizados 676 novos casos e mais oito mortos.

O Alentejo contabilizou nas últimas 24 horas mais seis mortos, atingindo um total acumulado de 60 óbitos desde o início da pandemia. Foram ainda reportadas mais 676 novas infeções naquela região.

Algarve, Madeira e Açores voltaram a não ter qualquer óbito, sendo que se registaram 156 novos casos de infeção na região algarvia, 19 no arquipélago açoriano e apenas quarto na Madeira.

Emergência até ao final da pandemia e dúvidas sobre o Natal

Isto no dia em que o Parlamento irá votar a proposta de Estado de Emergência, que o primeiro-ministro António Costa, em entrevista à Antena 1, disse poder durar, “no limite”, até ao final da pandemia.

“O Estado de Emergência vai dar segurança jurídica a situações que têm existido. Houve agora limitações à circulação, ganhámos duas providências cautelares no tribunal”, começou por dizer o primeiro-ministro. O Estado de Emergência, defende António Costa, vai ser sobretudo para “para dar segurança e não haver dúvidas jurídicas sobre as decisões que se têm tomado, sobre a medição da temperatura, que é mais ou menos aceite hoje em dia mas ainda há pessoas que a questionam, e a possibilidade de haver funcionários públicos que estão em isolamento possam apoiar os profissionais de saúde nas operações de rastreio e acompanhamento das pessoas sob vigilância”.

“Há um conjunto de medidas que este Estado de Emergência visa decretar para criar segurança jurídica. Não quer dizer que sejam todas adotadas, e se chegarmos a acordo com muitos hospitais privados, como temos estado a chegar, para poder ter apoio, excelente. Se tivermos de o requisitar, que remédio”, acrescentou.

Questionado sobre até quando é que poder durar o Estado de Emergência, Costa defendeu: “no limite até ao final da pandemia. Não quer dizer que as medidas depois, em concreto, durem permanentemente. Podem ser medidas que durem um fim de semana como o passado e depois desaparecem. Haver cobertura jurídica para elas poderem ser adotados nos momentos em que são necessárias acho que é conveniente”.

O primeiro-ministro admitiu ainda que a deterioração das condições económicas e sociais, devido à pandemia, estão a “diluir” o consenso em torno da necessidade de medidas como as que podem ser implementadas com o Estado de Emergência. “Os efeitos da crise tornam-se mais evidentes. Temos muitos desempregados. As empresas estão com mais dificuldades. Tudo isto gera tensão. É natural e compreensível. O risco de quebra do consenso é maior. Sejamos claros: não vale a pena vacilar. Temos a pandemia e até haver vacina, temos de trabalhar para conter a pandemia, porque isso condiciona todo o resto, ao mesmo tempo que temos de apoiar as empresas, famílias”.

O Estado de Emergência, que deverá ser aprovado nesta sexta-feira, terá uma duração de 15 dias, com a possibilidade de ser renovado. No início de dezembro, há dois feriados e o Natal. Eventos que podem levar a ajuntamentos de pessoas. Tem sido avança na imprensa a possibilidade de medidas restritivas para esse período. António Costa não respondeu diretamente sobre o que vai acontecer no início do próximo mês. “Temos procurado ter um critério: tudo o que é necessário para controlar a pandemia mas nada mais do que é necessário. Não posso responder hoje porque nenhum de nós em bom rigor sabe qual será a situação”, disse.

Ainda assim, admitiu que “a perspetiva que tem de se ter é a vontade comum de, até lá, criar as condições de controlar a pandemia de forma a que o Natal se possa viver com a maior normalidade possível. Seguramente, que as famílias numerosas vão ter de fazer de forma repartida”. “O estado da pandemia evolui. O nosso Natal depende muito do que façamos hoje”, defendeu.

O primeiro-ministro salientou aunda que as “pessoas estão conscientes que dependemos dos médicos, enfermeiros e restantes profissionais de saúde, para nos tratar. Mas dependemos exclusivamente de nós para estarmos ou não infetados. Somos nós que temos de tratar de nós próprios e uns dos outros. A única forma que temos de o fazer é manter a distância, a disciplina de proteção individual, a lavagem das mãos. Quanto melhor fizermos agora, melhor será o Natal”.

fonte dn.pt

foto © EPA/TIAGO PETINGA

Fonte
DN.PT
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