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Nacional

Cercas, drones e militares vão controlar lotação das praias

Marinha prepara plano de reforço que inclui os fuzileiros. Haverá cercas, drones, sensores e apps para fiscalizar areais. Regras para frequência das praias ficam definitivamente fechadas na próxima semana. Veja o guia para perceber o funcionamento das praias de Norte a Sul

“Como tudo neste ano de tormenta, a época balnear de 2020 também não será como dantes. Ainda não é certo quando abre e apenas se sabe que não será generalizada a partir de 1 de junho. Também não é claro como vai ser gerido o acesso às 481 praias costeiras e 133 fluviais do país. Mas ideias não faltam.”, escreve o jornal EXPRESSO.

“Há autarquias que propõem colocar cordas para delimitar o espaço de segurança entre pessoas no areal, criando quadrículas que marcam o lugar de cada chapéu de sol, instalação de sensores nos acessos para controlar a entrada de banhistas e utilização de drones para monitorizar a multidão (ver texto ao lado). Também há propostas para que se estabeleçam tempos limite de permanência na praia para garantir maior rotatividade ou para que se icem “bandeiras de carga” com cores diferentes a indicar a afluência, como propõe o Turismo de Portugal. Está ainda a ser estudada a criação de aplicações informáticas que indiquem, em tempo real, a lotação e afluência de cada praia.

Algumas destas propostas constam de um documento, a que o Expresso teve acesso, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no final de abril, depois de ter reunido com representantes de comunidades intermunicipais (CIM), da Federação de Concessionários, da Autoridade Marítima, do Turismo de Portugal, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e vários autarcas. Com mais de meia centena de entidades a fazerem propostas e não estando a ronda ainda fechada, o trabalho da APA para elaborar um manual de regras anticovid para as praias é uma “tarefa complexa” e “só deverá estar concluído no final da próxima semana”, diz o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.”

Até ao momento, desconhece-se a data de abertura da época balnear deste ano, sabendo-se apenas que não será generalizada a partir de 1 de junho e que ainda falta definir a gestão do acesso às 481 praias costeiras e 133 fluviais do país.

Ainda assim, começam a somar-se as ideias de que como gerir esta situação, de resolução complicada. Segundo o ‘Expresso’, há autarquias que propõem colocar cordas para delimitar o espaço de segurança entre pessoas, optando por criar quadrículas a marcar a localização de cada chapéu de sol, mas há também quem esteja a ponderar instalar sensores nos acessos para controlar as entradas. E ainda há quem pretenda recorrer a drones para monitorizar a multidão.

As propostas passam também por definir tempos limite de permanência na praia visando assegurar uma maior rotatividade. A informação sobre a ocupação poderá ser transmitida através de “bandeiras de carga” com cores diferentes a indicar a afluência, como propõe o Turismo de Portugal.

A tecnologia, como não poderia deixar de ser, poderá ter um papel fundamental através da criação de aplicações informáticas que indiquem, em tempo real, a lotação e afluência de cada praia.

Algumas destas propostas constam de um documento, a que o Expresso teve acesso, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no final de abril, depois de ter reunido com representantes de comunidades intermunicipais (CIM), da Federação de Concessionários, da Autoridade Marítima, do Turismo de Portugal, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e vários autarcas.

A ronda de contributos ainda não está encerrada mas agora caberá à APA elaborar um manual de regras anticovid para as praias, reunindo propostas de mais de meia centena de entidades,  o que é uma “tarefa complexa” e “só deverá estar concluído no final da próxima semana”, diz o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes……………

Da parte da DGS falta definir a distância de segurança a aplicar nas praias e, na falta informação científica, quanto tempo o vírus pode permanecer na areia e qual a distância de segurança segura entre pessoas no areal e dentro de água. Terá ainda de indicar se é de facto preciso definir como se vão limpar areais e equipamentos de praia, sendo que certo que também é preciso evitar decisões como as seguidas em Espanha, onde se desinfetaram praias com lixívia, destruindo biodiversidade e pondo em risco a própria saúde pública.

Lotação

Quanto à suspensão dos planos de praia e o aumento da área concessionada para já os planos de praia identificam a carga máxima de pessoas num areal e determinam que um terço da área útil pode ser ocupado pelos chapéus de sol e espreguiçadeiras ou barracas dos concessionários.

Mas a Federação de Concessionários propõe duplicar essa área tendo em conta o aumento da distância de segurança entre toldos, enquanto há entidades que veem nesta extensão a possibilidade de alargar a área vigiada em praias grandes, para que as pessoas se espalhem. Há quem tema que tal signifique “privatizar” as praias, sobretudo as mais pequenas, como acontece em Itália, restringindo o acesso a quem pode pagar um lugar na concessão. Os receios estendem-se ainda à possibilidade de fomentar ondas de indignação motivadas pelas restrições no acesso às praias

“Portugal é o único país do mundo que tem definida a capacidade de carga de conforto das suas praias”, lembra Carlos Pereira da Silva, investigador da Universidade Nova de Lisboa e que tem colaborado nos planos de ordenamento da orla costeira. O geógrafo considera que “o cálculo de carga das praias — que tem funcionado como ferramenta útil para se definir o número de nadadores-salvadores, de concessionários ou o espaço para estacionamento — pode ser um ponto de partida para ajustar e gerir o número de pessoas que podem estar numa determinada praia”, tendo em conta a necessidade de manter distâncias de segurança.

No caso da concorrida praia de Carcavelos (Cascais), por exemplo, a capacidade de carga de conforto inscrita no plano de praia é de 7100 pessoas, com uma área de sete metros quadrados (m2) para cada uma — o que não garante a distância de segurança nesta altura de pandemia. “Pegando nos dois metros de distanciamento que a DGS defende, o ideal era ter no máximo uma pessoa por cada 10 m2”, diz Carlos Pereira da Silva. Se assim for, no areal de Carcavelos só poderão estar, no máximo, 4 mil banhistas — número que fica muito aquém do que costuma ter no verão, sobretudo ao fim de semana.

Menos problemático será aplicar estes cálculos a praias periurbanas ou seminaturais como o Guincho, o Meco ou as praias da costa alentejana, que permitem distanciamento no areal e cujos planos já preveem uma pessoa por cada 10-12 m2. Claro que estas lotações não têm sido obrigatórias por lei e nunca houve, como agora, necessidade de as fiscalizar.

Com a redução de turistas estrangeiros e o cancelamento dos festivais de verão, a pressão sobre muitas das áreas balneares também será menor este ano. “A grande questão é como evitar concentrações em áreas do Domínio Público Marítimo, e por isso de acesso livre”, sublinha Carlos Silva, considerando que “os cerca de 300 agentes da autoridade marítima nacional e os nadadores-salvadores são manifestamente insuficientes para uma monitorização e fiscalização rigorosa em todas as praias, devendo concentrar-se nas áreas mais procuradas”.

As autarquias estão preocupadas com a escassez de nadadores-salvadores e de meios para fiscalizar, vigiar e controlar os acessos às praias, principalmente as urbanas de elevada ocupação. Por isso, muitas defendem que a Marinha seja destacada para apoiar na vigilância. O Expresso sabe que as Forças Armadas estão já a delinear um plano de ação que passará pelo reforço de fuzileiros, artilheiros e outros militares a patrulhar o areal e sensibilizar os banhistas. Todos os anos a Marinha é chamada a ajudar no socorro, sobretudo nas praias não vigiadas, mas este verão a presença será reforçada para apoio à Polícia Marítima, a única que pode autuar.

Certo é que que vão ser necessárias campanhas de sensibilização para que as regras sejam cumpridas e nas praias não se criem ondas de contágio. Mas não é apenas o vírus que preocupa as autoridades. Se houver fortes restrições no acesso ao areal, teme-se uma maré de indignação e conflitos que pode ser difícil de conter.

Como está a ser feito lá fora

“Como tudo neste ano de tormenta, a época balnear de 2020 também não será como dantes. Ainda não é certo quando abre e apenas se sabe que não será generalizada a partir de 1 de junho. Também não é claro como vai ser gerido o acesso às 481 praias costeiras e 133 fluviais do país. Mas ideias não faltam.”, escreve o jornal.

“Há autarquias que propõem colocar cordas para delimitar o espaço de segurança entre pessoas no areal, criando quadrículas que marcam o lugar de cada chapéu de sol, instalação de sensores nos acessos para controlar a entrada de banhistas e utilização de drones para monitorizar a multidão (ver texto ao lado). Também há propostas para que se estabeleçam tempos limite de permanência na praia para garantir maior rotatividade ou para que se icem “bandeiras de carga” com cores diferentes a indicar a afluência, como propõe o Turismo de Portugal. Está ainda a ser estudada a criação de aplicações informáticas que indiquem, em tempo real, a lotação e afluência de cada praia.

Algumas destas propostas constam de um documento, a que o Expresso teve acesso, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no final de abril, depois de ter reunido com representantes de comunidades intermunicipais (CIM), da Federação de Concessionários, da Autoridade Marítima, do Turismo de Portugal, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e vários autarcas. Com mais de meia centena de entidades a fazerem propostas e não estando a ronda ainda fechada, o trabalho da APA para elaborar um manual de regras anticovid para as praias é uma “tarefa complexa” e “só deverá estar concluído no final da próxima semana”, diz o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.”

Fonte da Notícia
EXPRESSO.PT
Fonte
SAPO.PT
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