Bruxelas prevê crescimento da economia portuguesa de 6,6% este ano e 0,7% em 2023

Alemanha deverá registar um crescimento negativo em 2023. O crescimento acelerará em 2024.

A economia portuguesa vai continuar a crescer nos próximos dois anos, mas será quase um travão a fundo, em relação aos 6,6% de crescimento do PIB que Bruxelas prevê para este ano. Em 2023, a economia portuguesa não deverá crescer mais dos que 0,7%. É uma estimativa abaixo do previsto pelo Governo na proposta de orçamento do estado que enviou a Bruxelas e ao parlamento nacional. Ainda assim, é mais do dobro da medida de crescimento prevista para o conjunto dos 27, que é de 0,3%.

Suécia, Letónia e Alemanha deverão registar crescimentos negativos no próximo ano. No caso da Alemanha, a economia deverá sofrer uma contração de 0,6%.

Tudo isto mudará em 2024, esperando-se que todas as economias europeias voltem a registar crescimento. No caso de Portugal, deverá ficar ligeiramente acima da média dos 27, crescendo 1,7%.

Os indicadores de desemprego versão manter-se estáveis ao longo do próximo ano. Bruxelas calcula em 5,9% a taxa de desemprego em 2022 e 2023 e uma ligeira melhoria em 2024 para 5,7%. Grécia e Espanha continuam a liderar a tabela, com mais de 12,5% de desempregados. Na Alemanha, a contração da economia terá também um reflexo ano nível do mercado laboral, o desemprego deverá aumentar, mas Bruxelas não espera que ultrapasse os 3,5% – pelo contrário, deverá estabilizar neste registo para 2024.

A Comissão Europeia calcula que Dinamarca, Malta e Portugal foram os mais eficazes a conter a inflação em 2022. No caso de Portugal, este ano, houve um aumento médio de 8,0% do custo de vida. Nos próximos dois anos o preço dos bens e serviços continuará a subir, ainda assim a um ritmo mais lento – 5,8% no próximo ano e 2,3 em 2024.

Nesta altura, com as regras da disciplina orçamental suspensas, é um dado menos relevante do ponto de vista da governação económica na União Europeia, mas valerá na mesma a pena dizer que Bruxelas estima um défice de 1,9% este ano, 1,1% no próximo e 0,8% em 2024.

A divida deverá continuar a cair ao longo dos próximos dois anos, de 115,9% este ano, para 105,3%, em 2024.

Fonte
DN.PT
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