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Mundo

“Perante caos, a ONU, que tem sido um problema, pode ser a única solução”

Um artigo de opinião assinado por Dantas Rodrigues, sócio-partner da Dantas Rodrigues & Associados.

Faixa de Gaza, o Estado de Israel e Jerusalém Oriental e as Colinas (montes) de Golã nasceram do direito internacional que os criou com brutais diferenças logo à nascença e contra a vontade dos cinco países árabes vizinhos (Egito, Iraque, Líbano, Síria e Jordânia).

No período entre guerras 1919 a 1945, concretamente em 1920, a Liga das Nações (o primeiro esboço de uma organização internacional onde se procurou a paz e a cooperação internacional pela via diplomática) concedeu administração da Palestina ao Reino Unido, que a partir de 1933, com a ascensão do nazismo, passou acolher  os refugiados judeus. A 29 de novembro de 1947 a ONU aprovou a Resolução 181, que propunha a criação de dois estados, um árabo-palestiniano e outro judaico, com uma área sob controlo internacional que incluía Jerusalém e Belém. A rejeição do plano pelos britânicos e pelos árabes levou a uma guerra civil que eclodiu no dia seguinte à criação do Estado de Israel, os cinco países árabes vizinhos (Egito, Iraque, Líbano, Síria e Jordânia) declaram-lhe guerra e tentam invadi-lo. Da guerra civil passamos para uma guerra transfronteiriça: Israel respondeu expulsando mais de 700 mil palestinianos de suas casas para construir o Estado, conhecido como Nakba (Catástrofe). Passados dois anos, em 1949, foram então assinados acordos de armistício com os países árabes para o fim da guerra.  Israel recebeu 26 por cento mais território do que o inicialmente atribuído pela ONU. Os judeus dominavam 20.850 quilómetros quadrados de superfície, 5.728 a mais do que o plano contemplado pela ONU. Quase dezoito anos após inúmeros conflitos fronteiriços, Israel, sob o comando do próprio ministro da Defesa, o general Moshe Dayan, lançou um ataque contra o Egipto entre 5 e 10 de junho de 1967, que ficou conhecido pela «Guerra dos Seis Dias», e desencadeou um conflito que viria a ter duas consequências principais: a ocupação de seis territórios palestinianos e uma nova onda de cerca de meio milhão de refugiados.

– As Colinas de Golã são um planalto com 1.200 km² e 40.000 habitantes, localizado na fronteira entre Israel, Líbano, Jordânia e Síria. Anexado ao Estado de Israel em 1981, após a ocupação do território da Síria durante a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973). O único líder do mundo a ter reconhecido a soberania israelita sobre as Colinas de Golã foi Donald Trump em 2019.

– Jerusalém Oriental representa uma faixa de 70 quilómetros quadrados e tem 524.900 habitantes. É a parte da cidade que inclui os principais lugares sagrados do judaísmo, do islamismo e do cristianismo. Israel conquistou Jerusalém Oriental em 1967 e anexou-a em 1980. Hoje controla, de facto, Jerusalém na sua totalidade e considera a cidade sua capital, ao passo que a Palestina declarou Jerusalém Oriental como a sua capital.

Ao longo de anos e anos as nações que mandam na ONU e que decidem no Conselho de Segurança sempre apoiaram o Estado de Israel, considerando-o um estado democrático, por outro lado esqueceram-se da Palestina.

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